quinta-feira, 7 de maio de 2015

Independência da América Espanhola

Durante o Período Colonial, a América Latina foi submetida ao "Pacto Colonial" e precisou suportar todas as consequências dessa submissão, guiada pelos princípios mercantilistas. Os novos Estados, à exceção do Brasil, do México e do Haiti, que conheceram experiências monárquicas após a independência, os dois últimos por um breve período, organiza­ram-se como repúblicas.
•   Quando se deu o processo de independência: aproximadamente entre 1810 e 1830.
•   Fatores externos:
–  Crise geral do Antigo Regime (enfraquecimento das potências coloniais).
–  Iluminismo (base ideológica).
–  Independência dos Estados Unidos e Haiti.
–  Revolução Francesa.
–  Guerras napoleônicas (Espanha invadida sem condições de controlar as colônias).
–  Revolução Industrial (pressão inglesa para ampliação de mercados).
•   Fatores internos:
–  Pacto colonial retardando desenvolvimento das colônias.
–  Desigualdades sociais:
–  Chapetones – espanhóis nascidos na Espanha, detentores de poderes políticos plenos, ocupavam os principais cargos da colônia.
–   Criollos – filhos de espanhóis nascidos na América, ricos proprietários de terras e de escravos, tinham poderes políticos limitados, eram impedidos de ocupar altos cargos administrativos. Elite colonial sem maiores compromissos com a situação dos índios, negros e mestiços.
–        Mestiços, índios e escravos – trabalhos livres, nativos submetidos à mita e a encomienda e escravos.
–  Exploração do trabalho e violência contra os indígenas.
–  Insatisfação dos criollos.
•  Primeiros Movimentos:
–  Tupac Amaru (Peru – 1780): rebelião indígena. Massacre de aproximadamente 80 mil pessoas.
–  Haiti – única realizada e organizada por negros.
–  Movimento Comunero – América Central e do Sul, participação de criollos e nativos, contra a pressão tributária.
–  Independência do México – iniciado por padres (Hidalgo e Morellos). Seria apenas o início de um movimento que duraria oito longos anos e passaria por diversas fases e dificuldades até resultar na emancipação mexicana.   
–  Francisco Miranda (Venezuela – 1811): criollo que liderou libertação provisória da Venezuela. Foi preso e morreu na Espanha.
•  Guerras de Independência:
–  Intervenção napoleônica na Espanha.
–  Deposição do rei Fernando VII.
–  A ascensão de José Bonaparte estimulou o movimento autonomista dos Criollos.
–  1810 – 1814: Criollos tomam o poder na América amparando-se nos Cabildos e formando juntas governativas.
–  Organizados a partir dos Cabildos, os colonos formaram as Juntas Governativas.
–  No Rio da Prata se constituíram juntas em Montevidéu, Buenos Aires e Paraguai.
–  No Peru se formaram várias juntas, mas em 1812 o vice-rei voltou a governar.
–  A maioria derrotada após a restauração da monarquia na Espanha.
–  A partir de 1814 os exércitos reais tentaram sufocar os movimentos.
–  Guerras patrióticas de libertação com apoio popular, lideradas por:
–  Simon Bolívar - criollo, republicano, defendia a ideia de uma América unida após a independência, atuou na Colômbia, Venezuela e Equador e Peru.
–   San Martín – criollo, monarquista, conservador, não apoiava o ideal de Bolívar, atuou no Uruguai, Argentina, Chile e Peru.
–  Paraguai alcançou a independência em 1811.
–  1817 – 1825: lutas vitoriosas.
–  Apoio da Inglaterra e dos Estados Unidos, ambos interessados em novos mercados.
–  Apoio popular.
–  Libertação de escravos.
–  Congresso do Panamá – Bolívar defende o ideal de unidade territorial do continente (oposição da Inglaterra, Estados Unidos e elites rurais locais).
•  Consequências:
–  Fragmentação territorial em várias repúblicas comandadas por chefes militares (criollos) que se transformaram em Caudillos.
–  Instabilidade política (lutas internas pelo poder).
–  Dependência econômica em relação à Inglaterra e Estados Unidos.
–  Estrutura econômica inalterada se mantém o modelo agrário exportador. (América permanece como fornecedora de matéria-prima e consumidora de manufaturados).
–   Caudilhismo – tipo de governo característico da América Latina do período, com líderes autoritários, paternalistas e conservadores, representantes das elites locais.
–  Desigualdades sociais.
─  Conferência do panamá (1826), cujo objetivo era a criação de uma confederação pan-americana.
─ Fatores que interferiram nessa grande divisão política foram o isolamento geográfico das diversas regiões, a divisão administrativa colonial e a ausência de integração econômica do continente.

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