terça-feira, 20 de março de 2012

Independência dos Estados Unidos

Ideologia – Conjunto de convicções filosóficas, sociais, políticas ou religiosas que fundamentam o comportamento de um indivíduo ou um grupo.

Liberalismo – Doutrina política ou econômica cuja preocupação central é a liberdade dos indivíduos. No plano econômico propõe a liberdade do mercado e a não intervenção do Estado..

Independência dos Estados Unidos – (Livro p. 78-85)
  • Colônias rompem politicamente com a Inglaterra e partem para uma política de dominação.
  • A colonização:
  • Colônias de Povoamento
  • vieram para morar – nova Pátria;
  • Mercado interno minifúndio;
  • Mão de obra assalariada;
  • protestantismo;
  • policultura.
  • Colônias de Exploração
  • fazer-se na América;
  • mercado externo;
  • latifúndio;
  • mão de obra escrava;
  • catolicismo;
  • monocultura.
  • Relação Colônia e Metrópole – Guerra dos Sete Anos e seus efeitos.
  • Abalo nas finanças.
  • Política Tributária: medidas que restringiam à autonomia colonial.
  • Sugar Act - Lei do Açúcar – alta taxa para os produtos que não eram provenientes das Antilhas Britânicas.
  • Stamp Act - Lei do Selo – exigia a selagem em documentos legais (documentos comerciais).
  • Lei do Aquartelamento - exigia que as colônias deveriam fornecer alojamentos e suprimentos às tropas reais.
  • Tea Act - Lei do Chá – dava o monopólio do comércio do chá a Companhia das Índias Orientais.
  • Reação colonial.
  • Colonos disfarçados de índios jogaram ao mar 300 caixas de chá – massacre do porto de Boston – festa do chá em Boston.
  • Represália Britânica.
  • Leis Intoleráveis.
  • Fechamento do porto de Boston até ser paga a mercadoria destruída.
  • O processo de Independência
  • Primeiro Congresso Continental da Filadélfia - Queriam a revogação das leis Intoleráveis.
  • Segundo Congresso Continental da Filadélfia - Caráter separatista.
  • 4 de julho de 1776 publicada a Declaração de Independência, elaborada por Thomas Jefferson.
  • Guerra da Independência
  • guerra colonial – colonos x colonizadores.
  • Guerra internacional.
  • Recebem ajuda da França, Espanha e Holanda.
  • Consequências da Revolução Americana.
  • Os EUA adotaram uma Constituição liberal que estabeleceu uma república presidencialista (com divisão dos poderes) e federativa (com grande autonomia para os governos estaduais). George Washington foi eleito primeiro presidente do país (eleições indiretas, que até hoje caracterizam o sistema político americano). Embora os ideais de igualdade de direitos tenham norteado a revolução, a questão da escravidão não foi devidamente resolvida: coube a cada estado decidir se manteria ou não a escravidão.
  • A Revolução Americana difundiu os ideais modernos de revolução inspirados no Iluminismo e influenciou a Revolução Francesa e as Independências da América Latina.

Revoltas Liberais e Nacionalistas

Revoltas Liberais e Nacionalistas - (Livro p. 96-97)
Conjunto de revoltas ocorridas na Europa até o ano de 1848;
Causas básicas:
Crises econômicas.
Desigualdades sociais.
Oposição aos princípios absolutistas restaurados com o Congresso de Viena.
Ideologias norteadoras das revoltas: Liberalismo, Nacionalismo e Socialismo.
Onde: França, (principal), Polônia, Bélgica, Itália, Alemanha, Grécia, Portugal.

Revolução do Porto em Portugal - 1820 (Livro p. 132-133) - movimento liberal iniciado na cidade do Porto no dia 24 de agosto de 1820, cuja burguesia mercantil se ressentia dos efeitos do Decreto de abertura dos Portos (1808), que deslocara para o Brasil parte expressiva da vida económica metropolitana.
Situação de Portugal em 1808 foi invadido pelo exército de Napoleão, posteriormente com a expulsão dos franceses passou a viver manipulada pelo militar inglês Beresford. Portugal vivia uma terrível crise econômica e com isso o descontentamento da população, déficit, fome, miséria e decadência do comércio.
Razões da Revolução:
mesmo após a liberdade de Portugal do domínio napoleõnico, D. João continuava no Brasil.
as medidas de D. João que deram liberdade econômica para o Brasil causou sérios prejuízos ao comércio português.
esses fatores aliados a difusão das idéias liberais na Europa desencadearam a Revolução.
Entre as suas reivindicações, exigiu:
▪Imediato retorno da Família Real.
▪ Constitucionalização do país.
▪Estabelecimento de uma Monarquia Constitucional.
▪ Restauração do Pacto colonial.
ConseqüênciasA junta governativa de Lorde Beresford foi substituída por uma junta provisória, que convocou as Cortes Gerais para elaborar uma Constituição para Portugal.
A Corte, à exceção de Dom Pedro I que permaneceu no Brasil na condição de Príncipe Regente, retornou a Portugal no ano de 1821 e, diante do progressivo aumento da pressão para a descolonização do Brasil, este proclamou a sua independência em 1822.

A Revolução de 1830 na França:
Restauração de Luís XVIII após o Congresso de Viena.
Perseguição e massacre de bonapartistas ou liberais pró-Revolução Francesa (“Terror Branco”).
Absolutismo disfarçado.
Câmara dos Pares (nomeados pelo rei).
Câmara dos Deputados (eleitos).
Voto censitário.
1824: morte de Luís XVIII. Assume Carlos X.
Partido ultrarrealista controla a política.
Absolutismo escancarado.
Crise econômica agrava-se (1827): más colheitas + imposições do Congresso de Viena.
Vitória de candidatos oposicionistas para a Câmara dos Deputados.
1830: Carlos X fecha a Câmara dos Deputados:
Revolta liderada por burgueses – “Jornadas Gloriosas”.
Carlos X é deposto.

Revoluções de 1848: Primavera dos Povos.
Onda revolucionária que abalou a Europa, significou o avanço das ideias liberais e nacionalistas, a consolidação da burguesia e a entrada do proletariado no cenário político.

O caso francês:
Após a queda de Carlos X, Luís Felipe de Orléans assume o trono:
– “O rei burguês”.
Governo favorável a alta burguesia.
Oposição dos demais setores sociais.
Fortalecimento do Poder Legislativo – Monarquia Parlamentar.
Voto censitário.
Política dos Banquetes – reuniões nas tavernas criticando os atos do governo.
1848: Proibição das reuniões (Ministro Guizot).
Formação de barricadas – adesão da Guarda Nacional.
Demissão de Guizot.
Fuga de Luís Felipe.
Proclamação da 2ª República Francesa.

A 2ª República Francesa (1848 – 1852):
Governo formado inicialmente por republicanos liberais e minoria socialista (estreia política).
Sufrágio universal masculino.
Confrontos em Paris: Operários + socialistas X Republicanos Moderados
Luís Bonaparte é eleito presidente.
Parlamento francês é fechado em 1851 e Luís Bonaparte assume poderes ditatoriais.
18 de brumário de Luís Bonaparte.
Transformado em imperador por plebiscito (1852), recebeu o título de Napoleão III.
O Segundo Império Francês (1852 – 1870)
- Guerra da Criméia
- Política das Nacionalidades
- Guerra Franco-prussiana
Terceira República Francesa - Comuna de Paris.

Era Napoleônica e Congresso de Viena

Era Napoleônica (Livro p. 76-78)
Os processos revolucionários provocaram certa tensão na França, de um lado estava a burguesia insatisfeita com os jacobinos, e do outro lado as monarquias europeias, que temiam que os ideais revolucionários franceses se propagassem por seus reinos.
Foi derrubado na França, sob o comando de Napoleão, o governo do Diretório. Junto com a burguesia, Napoleão estabeleceu o consulado, primeira fase do seu governo. Este golpe ficou conhecido como 'Golpe 18 de Brumário' em 1799. O Golpe 18 de Brumário, marca o início de um novo período na história francesa, e consequentemente, da Europa: a Era Napoleônica.
As mudanças beneficiaram principalmente a Burguesia, cujo poder consolidou-se com as Leis do Código Civil ( ou Napoleônico ), elaborado entre 1804 e 1810 por um corpo de juristas nomeados pelo governo . O Código procurava conciliar a legislação com os princípios da Revolução Francesa de liberdade, propriedade e igualdade perante a lei, ou seja, manteve o fim dos privilégios desfrutados pela Nobreza no Antigo Regime, mas favoreceu os privilégios conquistados pela Burguesia .
    Consulado – 3 cônsules
  • Procurou fazer uma política de reconciliação, visando estabelecer a paz interna.
  • Constituição de 1799
    • Título de Cônsul - por 10 anos.
  • Banco da França.
  • Centralização administrativa.
  • Código Civil (1804) – fundamentado no Direito Romano: igualdade perante a lei, direito de propriedade, proibição de organização de sindicatos e greves, restabelecimento da escravidão nas colônias.
  • Concordata com o Papa (1801).
  • Plebiscito – Cônsul vitalício.
Império - 1804
  • plebiscito.
  • Em 1805, venceu mais uma coligação (3ª) Inglaterra, Áustria e Rússia.
  • Bloqueio Continental à Inglaterra após a derrota na batalha de Trafalgar – Portugal e Rússia descumpriram o bloqueio.
  • 1812 – início do declínio napoleônico, invasão da Rússia.
  • 1813 – Batalha das Nações em Leipzig.
  • Tratado de Fontenebleau – exílio – Ilha de Elba – 1814.
  • Restauração Monárquica na França – Bourbons – Luís XVIII.
    Governo dos 100 dias
  • 1815 – fugiu da ilha de Elba e assume o poder.
  • Vencido – Batalha de Waterloo.
  • Morreu em 1821 – Ilha de Santa Helena.
Congresso de Viena - (1814 – 1815) – (Livro p. 91-92)
Objetivo - reordenação política da Europa após as guerras napoleônicas, restabelecer a antiga divisão política do continente europeu.
O governo francês teve de se submeter a uma série de imposições, entre elas o pagamento de uma indenização de 700 milhões de francos aos países vencedores, em razão dos prejuízos da guerra.
Os principais países que participaram do Congresso foram: Áustria, Inglaterra, Rússia, Prússia e França.
Entre as principais diretrizes aprovadas pelo Congresso de Viena, destacam-se:
Restauração - retorno à situação política europeia de 1792, com o objetivo de restabelecer os domínios territoriais antes da Revolução Francesa, o que mostra o caráter conservador do Congresso de Viena. Restauração do absolutismo e do Antigo Regime.
Legitimidade - devolução do governo de cada país aos herdeiros das antigas monarquias absolutistas.
Solidariedade – aliança política entre as monarquias tradicionais europeias, com o objetivo de reprimir a onda liberal democrática deflagrada pela Revolução Francesa e ampliada pelas conquistas napoleônicas.

Santa Aliança – (Livro p. 92)
Procurando colocar em prática a política de solidariedade entre as monarquias europeias tradicionais e cristãs, o czar russo Alexandre I propôs, em 1815, a criação da Santa Aliança. Sua base política era a aliança entre duas forças tradicionais: o trono e o altar, isto é, a monarquia e a Igreja.
Os monarcas da Áustria, da Rússia, da Prússia e de algumas outras nações formaram essa organização com o objetivo de se defender mutuamente. Em nome da Santa Aliança, assumiram o direito de intervir em qualquer país em que surgisse algum movimento revolucionário inspirado no liberalismo democrático.
A Santa Aliança devia conter os movimentos nacionalistas que surgissem em países que se viram obrigados a aceitar as imposições de Napoleão e, depois, do Congresso de Viena. 

Revolução Francesa

Revolução Francesa – (Livro p. 63; 68-78)
  • Revolução que destruiu o Antigo Regime e desencadeou uma onda revolucionária pelos países vizinhos e por suas colônias na América.
  • Grave crise econômica e política.
  • A incapacidade de Luís XVI em resolver a crise.
  • Absolutismo monárquico dos reis franceses, o interesse da burguesia em formar um Estado capitalista.
  • Insatisfação social – 1º Estado: clero, 2º Estado: nobreza, 3º Estado: povo (burguesia, operários, artesãos, assalariados, camponeses).
  • Lema: Igualdade, Liberdade, Fraternidade.

Preparação da Revolução
  • Agravamento da crise econômico-financeira, daí a proposta de igualdade fiscal.
  • Convocação da Assembleia dos Notáveis (1787): clero e nobreza não concordam com a igualdade fiscal.
  • Convocação da Assembleia dos Estados Gerais, pelos 3 estados, para resolver a crise financeira, discutir a questão econômica. - luta pelo sistema de votação, o rei não aceita a proposta do voto individual.
  • Instalação da Assembleia Nacional: 3º estado e dissidentes do clero e nobreza. O rei Luís XVI tentou fechar a Assembleia Nacional, fracassou. Daí a transformação da Assembleia Nacional em Assembleia Nacional Constituinte (9-7-1789), iniciando o processo revolucionário.

Assembleia Nacional Constituinte
  • Controle da burguesia, apoiada pela massa popular parisiense (sans-culottes).
  • Manifestações populares em Paris e no interior, reivindicando a supressão de uma ordem social baseada no privilégio e na sociedade estamental. Tomada da Bastilha, 14 de julho de 1789.
  • Aprovação das medidas:
  • abolição dos privilégios feudais da nobreza.
  • Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão – homens livres e iguais, fonte de poder: povo.
  • Constituição Civil do Clero – subordinava a Igreja ao Estado.
  • Promulgação da Constituição francesa (1791)
    • Liberdades individuais
    • Separação de Poderes
    • Eleição para deputados.

Monarquia Constitucional
  • Divisão dos poderes: executivo (rei Luís XVI); Legislativo (eleita por dois anos); Judiciário.
  • Tentativa de fuga do rei Luís XVI.
  • Ameaça externa: contrarrevolução, daí a guerra com a Áustria.,vitória na batalha de Valmy. A revolução estava ameaçada.
  • Reação popular: mobilização para a guerra e invasão do Palácio Real, operários forjando armas, pressão sobre a Assembleia Legislativa, daí a suspensão das funções do rei e convocação das eleições para a Convenção Nacional.
  • Dissolução da Assembleia que foi substituída pela Convenção Nacional.

Convenção Nacional
  • Proclamação da República, 21/09/1792.
  • Grupos políticos: Girondinos, Jacobinos e Planície ou Pântano.
  • Pleito com voto universal masculino.
    Convenção Girondina: controle da maioria burguesa, visando conter a massa popular.
  • Processo contra o rei Luís XVI que foi julgado, condenado e executado.
  • Aliança estrangeira contra a França (Áustria, Prússia, Rússia, Portugal, Espanha)
  • Queda do prestígio dos girondinos. Revolta dos “sans-culottes”, daí o expurgo dos girondinos da Convenção.

Convenção Jacobina: controle do grupo jacobino através do Comitê de Salvação Pública.
  • Principais líderes: Robespierre, Danton, Saint Just, Hebert.
  • A revolução foi ameaçada pela guerra da coligação europeia. Ditadura de Robespierre.
  • Constituição de 1793
    • Sufrágio universal.
    • Terras comunais – distribuídas entre camponeses.
    • Fim da escravidão nas colônias.
    • Escolas primárias.
  • Comitê de Salvação Pública – Tribunal revolucionário – política de repressão – Terror.
  • Robespierre doente, sem apoio.
  • Golpe do 9 Termidor
  • Reação Termidoriana: retomada do poder pela alta burguesia. Tentativa fracassada de golpe pelos “sans culottes”.

Diretório
  • Domínio total da alta burguesia.
  • Constituição de 1795.
  • 5 diretores eleitos pelos legislativo.
  • Retrocesso político: anulação de leis jacobinas.
  • Fracasso da “Conspiração dos Iguais”, de Graco Babeuf, 1796.
  • Denúncias de corrupção.
  • Prestígio do Exército: vitórias contra a coligação europeia, se destaca Napoleão Bonaparte na campanha da Itália e na campanha do Egito.
  • Queda do Diretório: golpe do 18 Brumário, com a ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder e criação do Consulado.

Principais Doutrinas Filosóficas


Principais Doutrinas Filosóficas – (Livro p. 27-30)

Iluminismo - Movimento cultural, político, econômico e filosófico que defendia o uso da razão como o melhor caminho para se alcançar a liberdade, a autonomia e a emancipação. Aconteceu entre os séculos XVII e XVIII, em toda a Europa, ficou conhecido como IluminismoIlustração ou Século das Luzes.
  • Somente por meio da razão, afirmavam ser possível compreender os fenômenos naturais e sociais. Essas ideias baseavam-se no racionalismo. Defendiam a democracia, o liberalismo econômico e a liberdade de culto e pensamento. (Política Econômica Liberal)
  • Critica o Antigo Regime.
Precursores do Iluminismo
  • René Descartes (1596 – 1650) Racionalista
    • Acreditava que para se chegar a uma verdade, todas as teorias deveriam ser questionadas. Racionalista, considerado o fundador da filosofia moderna, afirmava que para se chegar à verdade era preciso, primeiramente, partir de axiomas (verdades inquestionáveis), para depois se chegar ao objetivo, através da dedução matemática.
    • Método Cartesiano – consiste no ceticismo metodológico – duvida-se de cada ideia que não seja clara e distinta. Só se pode dizer que existe aquilo que pode ser provado. 4 regras básicas do método: verificar, analisar, sintetizar, enumerar.
    • Ele buscou provar a existência do próprio eu e de Deus. “Se penso, logo existo”.
    • Descartes defendia que o homem vem ao mundo sem nenhuma ideia preconcebida.
  • John Locke (1632 – 1704)
    • Considerado o pai do liberalismo político.
    • Defendia que o homem nasce com certos direitos naturais, a vida, a liberdade, a propriedade privada e a resistência contra governos ditatoriais.
    • Os governos existiam por um contrato social, o governo nasce de um entendimento entre governantes e governados e deveria garantir direitos naturais, se falhasse os cidadãos poderiam se rebelar.
    • Autor de Ensaio sobre o Entendimento Humano rejeitou o conceito de ideias inatas.

Pensadores Iluministas
  • Voltaire (1694-1778)
    • Crítico do absolutismo e dos privilégios da Igreja e da nobreza.
    • Escreveu as Cartas Inglesas, nas quais exalta a liberdade de pensamento e de religião.
    • Autor de Dicionário Filosófico e das Novelas Satíricas.
    • Defendia governos de poderes limitados, aos moldes ingleses.
    • Acreditava que todos os homens tinham direitos naturais a liberdade, a propriedade e a proteção das leis.
  • Montesquieu (1689-1755): 
    • Considerado o pai do liberalismo burguês foi jurista, filósofo e escritor.
    • Em sua principal obra O Espírito das Leis, expôs sua teoria da divisão do poder político em Poder Legislativo, Executivo e Judiciário.
    • Suas ideias influenciaram a organização de praticamente todos os governos pós Revolução Francesa.
  • Jean-Jacques Rousseau (1712-1778):
    • Ao contrário de Voltaire e Montesquieu, ele não foi porta-voz da burguesia e sim das camadas mais populares.
    • Suas ideias contrariavam, por exemplo, um dos princípios centrais da sociedade burguesa - a propriedade privada. Segundo Rousseau, esta era a raiz da infelicidade humana, pois trazia consigo a desigualdade e a opressão do mais forte sobre o mais fraco.
    • Principais obras foram: Discurso sobre a Origem da Desigualdade entre os Homens e Contrato Social.
    • Democrata, defendeu a igualdade entre os homens; afirmava que o poder político emana do povo.
    • Defendia o direito de participação política de todos os homens, excluindo as mulheres.
    • Todos os homens nascem bons, a sociedade é quem os corrompe.
    • Exerceu grande influência na Revolução Francesa e na filosofia dos séculos posteriores.
  • Denis Diderot Jean Le Rond D´Alembert - organizaram a primeira Enciclopédia, 35 volumes.
    • Proibida pelas autoridades, por criticar os poderes estabelecidos, a Enciclopédia circulou clandestinamente, sua elaboração, iniciada em 1751, foi concluída em 1772.
  • Os Economistas: “Laissez-faire, laissez-passer” – política econômica liberal.
    • Fisiocracia – defendia o fim do mercantilismo, da tutela do Estado sobre a economia. Propunha que a economia funcionasse por si mesma, defendendo, portanto, a liberdade total nas atividades econômicas.
      • A terra era a fonte de toda riqueza.
      • Lei da oferta e da procura.
      • François Quesnay (1694-1774) – a atividade verdadeiramente produtiva é a agricultura.
      • Vicent Gournay (1712-1759) – propunha liberdade para as atividades comerciais e industriais.
    • Liberalismo Econômico
      • Adam Smith(1723-1790) – “O pai do Liberalismo’
        • Obra: A Riqueza das Nações.
        • O mercantilismo era um entrave na ordem econômica.
        • A divisão do trabalho, elemento essencial para o crescimento da produção e mercado.
        • Livre concorrência.
        • Lei da oferta e da procura.
        • Mão invisível.
  • Déspotas Esclarecidos - Governantes europeus viram-se obrigados a realizar reformas sociais e econômicas a fim de modernizar seus países atrasados, mas sem abrir mão do poder. Criaram uma legislação favorável ao comércio e à produção manufatureira, com o objetivo de fortalecer a burguesia, criaram escolas laicas (não religiosas), decretaram a liberdade de culto, a fim de reduzir os privilégios do clero católico, abolição da servidão, das torturas; assistência so­cial, estímulo à educação, impulso às artes e incentivo à vida econômica.

A Formação das Monarquias Nacionais e o Absolutismo

A Formação das Monarquias Nacionais e o Absolutismo
  • O processo de formação das monarquias centralizadas no final da Idade Média ocorreu em grande parte pela aproximação entre monarcas e burguesia, na busca da superação dos entraves políticos e econômicos derivados de antigas estruturas feudais.
  • A forma política adotada por esse Estado foi a da Monarquia Absolutista, assim chamada porque o rei detinha nela poderes absolutos, o monopólio da força, da justiça e da tributação. Era a fonte da soberania, isto é, do poder de fazer e revogar as leis. Acima do rei não havia nada, a não ser Deus, de quem derivava, segundo pensadores, a legitimidade de seu poder.
  • A burguesia financiou o Renascimento, ajudando a transformar a mentalidade feudal e incutir valores burgueses.
  • As características gerais dos Estados Nacionais Modernos podem ser assim resumidas:


  1. Centralização e unificação administrativa, com a eliminação da autonomia dos poderes locais.
  2. Formação de uma burocracia, isto é, um grupo de pessoas especializadas nos negócios administrativos.
  3. Formação de um exército.
  4. Arrecadação de impostos “reais”, necessários para custear as despesas.
  5. Unificação do sistema de pesos e medidas.
  6. Imposição da justiça real, que se sobrepõe à justiça senhorial.

Os teóricos do Absolutismo
  • Nicolau Maquiavel (Itália): Obras – Discursos sobre a década de Tito Lívio e O Príncipe. Procurou mostrar como o soberano deve agir e que recursos deveriam empregar para conquistar e manter o poder.
  • Jean Bodin (França): Obra – A República. A soberania real não pode sofrer restrições nem submeter-se a ameaças, pois ela emana das leis de Deus.
  • Jacques Bossuet (França): Obra – A Política Inspirada nas Sagradas Escrituras. Estabeleceu a teoria do Direito Divino dos Reis. Afirmava que o “trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus”.
  • Thomas Hobbes (Inglaterra): Obra – Leviatã. Para por fim a essa situação de violência e anarquia, os homens firmavam um pacto (o “contrato social”) renunciando à liberdade em troca da segurança oferecida pelo Estado, cuja soberania sobre os súditos tornou-se absoluta. Sua autoridade despótica tinha origem não em uma escolha divina mas nos poderes absolutos que o povo lhe havia conferido.
  • O Absolutismo Inglês – o processo de centralização política iniciou após a Guerra dos Cem Anos e a Guerra das Duas Rosas, que arruinaram a nobreza e permitiram a ascensão da Dinastia Tudor:
  • Henrique VII – pacificou o país e consolidou o Estado Nacional;
  • Henrique VIII – realizou a Reforma (Anglicanismo) com o Ato de Supremacia;
  • Elizabeth I – consolidou o Anglicanismo (39 teses), iniciou a efetiva colonização da América do Norte, apoiou a atividade dos corsários e venceu a "invencível armada".
  • O Absolutismo Francês – o absolutismo de direito divino foi consolidado desde a Dinastia dos Valois, mas ficou caracterizado pelos conflitos religiosos entre católicos e huguenotes (protestantes), cujo auge foi o evento da Noite de São Bartolomeu. O ápice do absolutismo francês aconteceu após a Guerra dos Três Henrique e a ascensão da Dinastia dos Bourbons:
  • Henrique IV – converteu-se ao catolicismo, “Paris bem vale uma missa”, e assinou o Édito de Nantes, concedendo liberdade de culto aos protestantes;
  • Luís XIII – destacada atuação do seu primeiro-ministro, o cardeal Richelieu, que enfraqueceu a nobreza, expandiu o território e fortaleceu o absolutismo;
  • Luís XIV – o “Rei Sol”, “o Estado sou eu”, (símbolo maior do absolutismo) fortaleceu o exército, vencendo sucessivas guerras, e promoveu a ascensão da burguesia, consolidando a França como potência política, econômica e militar.

Mercantilismo
  • O mercantilismo foi uma série de práticas econômicas nacionalistas empregadas por países do ocidente europeu, particularmente Portugal, Espanha, Inglaterra, Holanda e França, para aumentar a riqueza do Estado e que promoveu um acúmulo primitivo de capital.
  • As principais medidas adotadas foram: o protecionismo alfandegário, que consiste na ideia de estimular a compra de produtos nacionais por meio do sobretaxamento dos importados; o intervencionismo estatal, quando o governo impõe regras severas para evitar a saída de moedas do país; e o monopólio comercial, no qual o Estado diretamente ou por meio de companhias privilegiadas procurava manter a exclusividade de exploração comercial de determinado produto. As variações na aplicação desses princípios resultaram em diferentes tipos de mercantilismo.



Expansão Marítima Europeia
  • A expansão marítima europeia, liderada por Portugal e Espanha, ocorreu pela necessidade de expandir o comércio e de obter grandes quantidades de metais preciosos, para cunhagem de moedas.
  • Pode-se relacionar também os avanços técnicos e científicos, a busca de novas rotas comerciais para o Oriente, por causa do monopólio italiano no Mediterrâneo, o espírito de aventura e o estímulo missionário de difusão da cristandade. Entretanto, a ascensão da burguesia, a centralização política nas mãos do rei, consequência da união entre o rei e a burguesia, permitiu reunir todo o aparato material necessário ao empreendimento.
  • As principais expedições foram: 1488 – Bartolomeu Dias, dobrou o Cabo da Boa Esperança; 1492 – Cristóvão Colombo, descobriu a América, pensando ter chegado às Índias; 1498 – Vasco da Gama, chegou às Índias; 1500 – Pedro Cabral, descobriu o Brasil; e 1519-1522 – Fernão de Magalhães e Sebastião Elcano, realizaram a primeira viagem de circunavegação.
  • No intuito de garantir a posse das terras encontradas por seus navegadores, Portugal e Espanha recorreram ao papa, que estabeleceu a Bula Incoetera, o que não foi aceito por Portugal, e então foi feito o Tratado de Tordesilhas (1494), no qual uma linha imaginária traçada 370 léguas a oeste de Cabo Verde dividiu o novo mundo entre os países ibéricos.
  • O sistema colonial implantado na América recem descoberta imponha restrições para as colônias. Estas tinham que oferecer a metrópole melhores condições de comércio, estariam sujeitas ao pacto colonial e ao monopólio das metrópoles, e somente poderiam produzir o que a metrópole necessitasse.
  • Luís Vaz de Camões, autor do famoso poema Os Lusíadas (1572), imortalizou a expansão marítima lusitana.
  • As consequências do processo de expansão foram a formação do sistema colonial, o escravismo, a expansão do capitalismo mercantil e o eurocentrismo, a Europa se tornou referência para o mundo ocidental.