quinta-feira, 28 de março de 2013

Congresso de Viena


Congresso de Viena - (1814 – 1815) – (Livro p. 91-92)
        Reunião de representantes dos mais importantes monarcas absolutistas europeus e da Inglaterra.
         Objetivos:
        restabelecer a antiga divisão política do continente europeu,
        devolver os tronos as antigas dinastias,
        garantir mecanismos para evitar novas revoluções,
        Volta do Antigo Regime.
        O governo francês submeteu-se a uma série de imposições, entre elas o pagamento de uma indenização de 700 milhões de francos aos países vencedores, em razão dos prejuízos da guerra.
        Os principais países que participaram do Congresso foram: Áustria, Inglaterra, Rússia, Prússia e França.
        Entre as principais diretrizes aprovadas pelo Congresso de Viena, destacam-se:
        Restauração - retorno à situação política europeia de 1792, com o objetivo de restabelecer os domínios territoriais antes da Revolução Francesa, o que mostra o caráter conservador do Congresso de Viena.
        Legitimidade - devolução do governo de cada país aos herdeiros das antigas monarquias absolutistas.
        Solidariedade – aliança política entre as monarquias tradicionais europeias, com o objetivo de reprimir a onda liberal democrática deflagrada pela Revolução Francesa e ampliada pelas conquistas napoleônicas.
Santa Aliança
        Organização militar para reprimir avanços liberais.
        Os monarcas da Áustria, da Rússia, da Prússia e de algumas outras nações formaram essa organização com o objetivo de se defender mutuamente.
        Em nome da Santa Aliança, assumiram o direito de intervir em qualquer país em que surgisse algum movimento revolucionário inspirado no liberalismo democrático.
        Inglaterra, abandonou mais tarde, pois apoiava as independências na América.

Independência da América Espanhola

          Processo de libertação das colônias espanholas.
         Quando: Aproximadamente entre 1810 e 1830.
         Fatores externos:
        Crise geral do Antigo Regime (enfraquecimento das potências coloniais).
        Iluminismo (base ideológica).
        Independência dos Estados Unidos e Haiti.
        Revolução Francesa.
        Guerras napoleônicas (Espanha invadida sem condições de controlar as colônias).
        Revolução Industrial (pressão inglesa para abertura de mercados).
         Fatores internos:
           Pacto colonial retardando desenvolvimento das colônias.
           Desigualdades sociais:
        Chapetones – espanhóis nascidos na Espanha, detentores de poderes políticos plenos, ocupavam os principais cargos da colônia.
        Criollos – filhos de espanhóis nascidos na América, ricos proprietários de terras e de escravos, tinham poderes políticos limitados.
        Mestiços, índios e escravos – trabalhos livres, nativos submetidos à mita e a encomienda e escravos.
           Exploração do trabalho e violência contra os indígenas.
           Insatisfação dos criollos.
         Primeiros Movimentos:
        Tupac Amaru (Peru – 1780): rebelião indígena. Massacre de aproximadamente 80 mil pessoas.
        Haiti – única realizada e organizada por negros.
        Movimento Comunero – América Central e do Sul, participação de criollos e nativos, contra a pressão tributária.
        Independência do México – liderado por padres (Hidalgo e Morellos) conseguiu a independência. Os criollos queriam a independência, porém sem dividir o poder com o povo; ajudaram os chapetones a retomar o controle.
        Francisco Miranda (Venezuela – 1811): criollo que liderou libertação provisória da Venezuela. Foi preso e morreu na Espanha.
         Guerras de Independência:
        Intervenção napoleônica na Espanha.
        Deposição do rei Fernando VII.
        1810 – 1814: Criollos tomam o poder na América amparando-se nos cabildos e formando juntas governativas.
        A ascensão de José Bonaparte estimulou o movimento autonomista dos Criollos.
        Organizados a partir dos Cabildos, os colonos formaram as Juntas Governativas.
        No Rio da Prata se constituíram juntas em Montevidéu, Buenos Aires e Paraguai.
        No Peru se formaram várias juntas, mas em 1812 o vice-rei voltou a governar.
        A maioria derrotados após a restauração da monarquia na Espanha.
        A partir de 1814 os exércitos reais tentaram sufocar os movimentos.
        guerras patrióticas de libertação com apoio popular, lideradas por:
        Simon Bolívar - criollo, republicano, defendia a ideia de uma América unida após a independência, atuou na Colômbia, Venezuela e Equador e Peru.
        San Martín – criollo, monarquista, conservador, não apoiava o ideal de Bolívar, atuou no Uruguai, Argentina, Chile e Peru.
        Paraguai alcançou a independência em 1811.
        1817 – 1825: lutas vitoriosas.
        Apoio da Inglaterra e dos Estados Unidos, ambos interessados em novos mercados.
        Apoio popular.
        Libertação de escravos.
        Congresso do Panamá – Bolívar defende o ideal de unidade territorial do continente (oposição da Inglaterra, Estados Unidos e elites rurais locais).
         Conseqüências:
        Fragmentação territorial em várias repúblicas comandadas por chefes militares (criollos) que se transformaram em caudillos.
        Instabilidade política (lutas internas pelo poder).
        Dependência econômica em relação a Inglaterra e Estados Unidos.
        Estrutura econômica inalterada, se mantém o modelo agrário exportador. (América permanece como fornecedora de matéria-prima e consumidora de manufaturados).
        Caudilhismo – tipo de governo característico da América Latina do período, com líderes autoritários, paternalistas e conservadores, representantes das elites locais.
      Desigualdades sociais.
─   Conferência do panamá (1826), cujo objetivo era a criação de uma confederação pan-americana.
─ Fatores que interferiram nessa grande divisão política foram o isolamento geográfico das diversas regiões, a divisão administrativa colonial e a ausência de integração econômica do continente.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Sobre a participação em sala valendo VI

O professor elabora e organiza suas aulas em diferentes níveis de complexidade para atender, em classe, seus alunos. Com o objetivo de estimular a participação do aluno, a fim de que este possa, realmente, efetuar uma aprendizagem tão significativa quanto o permitam suas possibilidades e necessidades, utiliza uma série de procedimentos, visando receber o retorno de suas ações e, ao mesmo tempo, dar ao aluno o retorno das suas próprias ações. 
O professor ver como uma via de mão dupla, onde ambos aprendem e assim, ensinam, estando, com certeza, mais aberto para dar, receber e trocar experiências. 

Esta semana e a próxima semana estamos trabalhando com as Revoltas Liberais e a Independência da América Espanhola, os alunos devem estudar os assuntos (ou escolher um deles) para fazer sua participação na próxima aula. 

segunda-feira, 25 de março de 2013

Revoltas Liberais

Revoltas Liberais e Nacionalistas

Revoltas Liberais e Nacionalistas - (Livro p. 96-97)
Conjunto de revoltas ocorridas na Europa até o ano de 1848;
Causas básicas:
Crises econômicas.
Desigualdades sociais.
Oposição aos princípios absolutistas restaurados com o Congresso de Viena.
Ideologias norteadoras das revoltas: Liberalismo, Nacionalismo e Socialismo.
Onde: França, (principal), Polônia, Bélgica, Itália, Alemanha, Grécia, Portugal.

Revolução do Porto em Portugal - 1820 (Livro p. 132-133) - movimento liberal iniciado na cidade do Porto no dia 24 de agosto de 1820, cuja burguesia mercantil se ressentia dos efeitos do Decreto de abertura dos Portos (1808), que deslocara para o Brasil parte expressiva da vida económica metropolitana.
Situação de Portugal em 1808 foi invadido pelo exército de Napoleão, posteriormente com a expulsão dos franceses passou a viver manipulada pelo militar inglês Beresford. Portugal vivia uma terrível crise econômica e com isso o descontentamento da população, déficit, fome, miséria e decadência do comércio.
Razões da Revolução:
mesmo após a liberdade de Portugal do domínio napoleõnico, D. João continuava no Brasil.
as medidas de D. João que deram liberdade econômica para o Brasil causou sérios prejuízos ao comércio português.
esses fatores aliados a difusão das idéias liberais na Europa desencadearam a Revolução.
Entre as suas reivindicações, exigiu:
▪Imediato retorno da Família Real.
▪ Constitucionalização do país.
▪Estabelecimento de uma Monarquia Constitucional.
▪ Restauração do Pacto colonial.
ConseqüênciasA junta governativa de Lorde Beresford foi substituída por uma junta provisória, que convocou as Cortes Gerais para elaborar uma Constituição para Portugal.
A Corte, à exceção de Dom Pedro I que permaneceu no Brasil na condição de Príncipe Regente, retornou a Portugal no ano de 1821 e, diante do progressivo aumento da pressão para a descolonização do Brasil, este proclamou a sua independência em 1822.

A Revolução de 1830 na França:
Restauração de Luís XVIII após o Congresso de Viena.
Perseguição e massacre de bonapartistas ou liberais pró-Revolução Francesa (“Terror Branco”).
Absolutismo disfarçado.
Câmara dos Pares (nomeados pelo rei).
Câmara dos Deputados (eleitos).
Voto censitário.
1824: morte de Luís XVIII. Assume Carlos X.
Partido ultrarrealista controla a política.
Absolutismo escancarado.
Crise econômica agrava-se (1827): más colheitas + imposições do Congresso de Viena.
Vitória de candidatos oposicionistas para a Câmara dos Deputados.
1830: Carlos X fecha a Câmara dos Deputados:
Revolta liderada por burgueses – “Jornadas Gloriosas”.
Carlos X é deposto.

Revoluções de 1848: Primavera dos Povos.
Onda revolucionária que abalou a Europa, significou o avanço das ideias liberais e nacionalistas, a consolidação da burguesia e a entrada do proletariado no cenário político.

O caso francês:
Após a queda de Carlos X, Luís Felipe de Orléans assume o trono:
– “O rei burguês”.
Governo favorável a alta burguesia.
Oposição dos demais setores sociais.
Fortalecimento do Poder Legislativo – Monarquia Parlamentar.
Voto censitário.
Política dos Banquetes – reuniões nas tavernas criticando os atos do governo.
1848: Proibição das reuniões (Ministro Guizot).
Formação de barricadas – adesão da Guarda Nacional.
Demissão de Guizot.
Fuga de Luís Felipe.
Proclamação da 2ª República Francesa.

domingo, 3 de março de 2013

Revolução Industrial


Revolução Industrial
Razões do pioneirismo inglês:


Exploração colonial
Tráfico de escravos
Lucro das Companhias de comércio
Atividades corsárias
Tratados vantajosos
 
→ Acumulação de capital →







→ O Parlamento, influenciado pela burguesia, apoiava iniciativas industriais.
→ Abundância de ferro e carvão.

1. Cercamentos – mão de obra ociosa no campo – êxodo rural.
2. O artesão não consegue competir com e máquina e fali.
 
→ Abundância de mão de obra.

→ Formação da classe operária inglesa →




Têxtil
Metalúrgico
Transporte
 
→ 1ª Revolução Industrial

→ Primeiros setores a sofrer impactos da industrialização →


→ Péssimas condições de vida e trabalho
→ surto de doenças
→ baixos salários
→ ausência de legislação trabalhista.
→ Surgimento das fábricas – substituição do sistema de produção doméstico pela unidade industrial, concentrando diversas pessoas no mesmo local de trabalho.
→ Mecanização: substituição das ferramentas pelas máquinas e da energia humana pela motriz.
→ Aumento da produtividade (produção em massa): emprego da divisão social do trabalho e utilização em larga escala do trabalho assalariado.
→Avanços nos sistemas de transporte: principalmente, desenvolvimento e expansão do transporte ferroviário.
→ Surgimento da burguesia industrial e do proletariado: classes sociais com interesses antagônicos.
→ Transformação do espaço urbano: bairros populosos (cortiços) e bairros burgueses (práticos e belos).
→ Surgimento do movimento operário: precarização das relações de trabalho (intensa exploração do trabalhador).
→ Impacto ambiental: degradação do meio ambiente para extração e produção de matérias-primas em larga escala e lançamento descontrolado de resíduos industriais (poluição).
→ Consolidação do sistema capitalista: propriedade privada dos meios de produção, exploração do trabalho assalariado e distribuição irregular da riqueza produzida (separação entre o trabalho e o capital).

Revolução Francesa


Revolução Francesa
Feita em nome dos ideais de liberdade e igualdade que destruiu o Antigo Regime e desencadeou uma onda revolucionária pelos países vizinhos e por suas colônias na América.
França
·         Pré-revolucionária – século XVII – XVIII
→ Monarquia absolutista
→ Grave crise: estado gastava mais do que arrecadava
→ gastos militares
→ gastos com luxo da corte
→ Governada por Luís XVI
→ Soluções:
1. Diminuir gastos
2. Aumentar arrecadação

Clero
Nobreza
Burguesia e povo
→ Sociedade estamental                     

 

                                                                            
→ Propôs-se cobrar impostos do clero e da nobreza (igualdade fiscal).
→ Convocação dos Estados Gerais.
·         Os Estados Gerais
→ impasse    rei queria voto por Estados
                            3º estado queria voto por cabeça.

→ Assembleia Nacional Constituinte – 3º Estado se reúne para criar uma Constituição.
→ O 3º Estado organizou uma Guarda Nacional.
→ O rei tentou fechar a Assembleia.
→ Reação do povo: Queda da Bastilha.

1ª fase da Revolução Francesa
·         Assembleia Nacional Constituinte
→ fim do privilégio da nobreza
→ confisco dos bens da Igreja
→ Constituição Civil do Clero
→ nova moeda
→ Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
→ Constituição de 1791
→ monarquia constitucional
→ voto censitário
→ proibiu o povo de fazer greves e fazer sindicatos (Lei de Le Chapelier)
·         Monarquia Constitucional - transição da 1ª para a 2ª fase
→ Divisão dos poderes: Executivo (rei) Legislativo (Assembleia Nacional eleita por 02 anos) Judiciário (juízes eleitos).
→ Países vizinhos temiam a revolução.
→ Os revolucionários queriam a expansão da revolução.
→ O rei conspirou com a Áustria e Rússia para voltar ao poder.
→ Rei tentou fugir.
→ Tendências políticas: monarquistas e republicanos.
→ Ameaça externa: contrarrevolução, daí a guerra contra Áustria e Prússia – (revolução ameaçada).
→ Convocação do exército popular – San Culottes – apoiam os jacobinos. (Operários forjando armas, pressão sobre a Assembleia).
→ Suspensão das funções do rei.
→ Vitória sobre a Prússia em Walmy.
→ Rei preso.
→ A Assembleia proclamou a República.
→ Forma-se a Convenção para fazer uma nova Constituição.

2ª fase da Revolução Francesa
·         Convenção Nacional
→ Proclamação da República 21/09/1792.
→ Grupos políticos:
→ Girondinos: alta burguesia, direita.
→ Jacobinos: radicais, esquerda.
→ Planície ou Pântano, centro.
→ Pleito com voto universal masculino.
→ 1º momento: girondinos controlam.
Convenção Girondina
→ Situação externa:
→ guerras continuavam
→ Inglaterra apoia os inimigos (1ª coligação contra a França – Áustria, Prússia, Rússia, Portugal, Espanha).
→ Situação interna:
→ rei julgado, condenado e executado.
→ grande desabastecimento e carestia (preços altos).
→ San Culottes exigiam aprofundamento da Revolução – expurgo dos girondinos.
→ os Jacobinos tomam a Convenção com apoio dos San Culottes.
Convenção Jacobina
→ controle através do Comitê de Salvação Pública – tribunal revolucionário.
→ Constituição de 1793.
→ direito a instrução, trabalho, educação pública e gratuita.
→ reforma agrária – terras comunais distribuídas entre camponeses.
→ fim da escravidão nas colônias
→ Lei do Máximo – tabelamento dos gêneros de primeira necessidade.
→ desagrado dos girondinos e camponeses
→ cancelaram garantias constitucionais e individuais (Período do Terror)
→ muitas pessoas executadas por traição
→ Robespierre exacerbou poder, perseguiu antigos companheiros e, doente e isolado virou alvo fácil para os girondinos.
→ Golpe do 9 Termidor
→ Reação Termidoriana
→ alta burguesia volta ao poder
→ os girondinos adotam o Diretório.

3ª fase da Revolução Francesa
·         O Diretório
→ revogação das medidas jacobinas
→ adoção de uma nova constituição 1795
→ 5 diretores eleitos pelo legislativo
→ voto censitário
→ fracasso da “Conspiração dos Iguais”, de Graco Babeuf.
→ abolição da Lei do Máximo
→ corrupção e instabilidade política
→ Revoltas monarquistas
→ Revoltas jacobinas
→ alguns girondinos defendem um governo forte como solução.
→ Prestígio do Exército: vitórias contra a coligação europeia se destaca Napoleão Bonaparte na campanha da Itália e do Egito.
→ Queda do Diretório: Golpe do 18 Brumário, com a ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder e criação do Consulado.