quinta-feira, 28 de março de 2013

Independência da América Espanhola

          Processo de libertação das colônias espanholas.
         Quando: Aproximadamente entre 1810 e 1830.
         Fatores externos:
        Crise geral do Antigo Regime (enfraquecimento das potências coloniais).
        Iluminismo (base ideológica).
        Independência dos Estados Unidos e Haiti.
        Revolução Francesa.
        Guerras napoleônicas (Espanha invadida sem condições de controlar as colônias).
        Revolução Industrial (pressão inglesa para abertura de mercados).
         Fatores internos:
           Pacto colonial retardando desenvolvimento das colônias.
           Desigualdades sociais:
        Chapetones – espanhóis nascidos na Espanha, detentores de poderes políticos plenos, ocupavam os principais cargos da colônia.
        Criollos – filhos de espanhóis nascidos na América, ricos proprietários de terras e de escravos, tinham poderes políticos limitados.
        Mestiços, índios e escravos – trabalhos livres, nativos submetidos à mita e a encomienda e escravos.
           Exploração do trabalho e violência contra os indígenas.
           Insatisfação dos criollos.
         Primeiros Movimentos:
        Tupac Amaru (Peru – 1780): rebelião indígena. Massacre de aproximadamente 80 mil pessoas.
        Haiti – única realizada e organizada por negros.
        Movimento Comunero – América Central e do Sul, participação de criollos e nativos, contra a pressão tributária.
        Independência do México – liderado por padres (Hidalgo e Morellos) conseguiu a independência. Os criollos queriam a independência, porém sem dividir o poder com o povo; ajudaram os chapetones a retomar o controle.
        Francisco Miranda (Venezuela – 1811): criollo que liderou libertação provisória da Venezuela. Foi preso e morreu na Espanha.
         Guerras de Independência:
        Intervenção napoleônica na Espanha.
        Deposição do rei Fernando VII.
        1810 – 1814: Criollos tomam o poder na América amparando-se nos cabildos e formando juntas governativas.
        A ascensão de José Bonaparte estimulou o movimento autonomista dos Criollos.
        Organizados a partir dos Cabildos, os colonos formaram as Juntas Governativas.
        No Rio da Prata se constituíram juntas em Montevidéu, Buenos Aires e Paraguai.
        No Peru se formaram várias juntas, mas em 1812 o vice-rei voltou a governar.
        A maioria derrotados após a restauração da monarquia na Espanha.
        A partir de 1814 os exércitos reais tentaram sufocar os movimentos.
        guerras patrióticas de libertação com apoio popular, lideradas por:
        Simon Bolívar - criollo, republicano, defendia a ideia de uma América unida após a independência, atuou na Colômbia, Venezuela e Equador e Peru.
        San Martín – criollo, monarquista, conservador, não apoiava o ideal de Bolívar, atuou no Uruguai, Argentina, Chile e Peru.
        Paraguai alcançou a independência em 1811.
        1817 – 1825: lutas vitoriosas.
        Apoio da Inglaterra e dos Estados Unidos, ambos interessados em novos mercados.
        Apoio popular.
        Libertação de escravos.
        Congresso do Panamá – Bolívar defende o ideal de unidade territorial do continente (oposição da Inglaterra, Estados Unidos e elites rurais locais).
         Conseqüências:
        Fragmentação territorial em várias repúblicas comandadas por chefes militares (criollos) que se transformaram em caudillos.
        Instabilidade política (lutas internas pelo poder).
        Dependência econômica em relação a Inglaterra e Estados Unidos.
        Estrutura econômica inalterada, se mantém o modelo agrário exportador. (América permanece como fornecedora de matéria-prima e consumidora de manufaturados).
        Caudilhismo – tipo de governo característico da América Latina do período, com líderes autoritários, paternalistas e conservadores, representantes das elites locais.
      Desigualdades sociais.
─   Conferência do panamá (1826), cujo objetivo era a criação de uma confederação pan-americana.
─ Fatores que interferiram nessa grande divisão política foram o isolamento geográfico das diversas regiões, a divisão administrativa colonial e a ausência de integração econômica do continente.

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