1. Indique
a razão central do conflito entre o rei e o Parlamento na Inglaterra do século
XVII.
Carlos
I foi obrigado a assinar a Petição de Direitos, um documento que tornava
obrigatória a convocação regular do Parlamento e colocava os gastos do Exército
sob o controle de seus membros. Em resposta, Carlos I resolveu reavivar o Ship
Money, uma antiga taxação que impunha a cobrança de impostos às regiões
portuárias. Depois disso, a crise política entre o rei e o Parlamento piorou
com intensas manifestações populares contra a postura autoritária do rei. Carlos
I descumpriu a Petição de Direitos e realizou uma invasão militar que dissolveu
o parlamento inglês. No entanto, em 1640, o rei convocou novamente o Parlamento
com o objetivo de levantar recursos para combater os conflitos religiosos que
tomavam conta da Escócia. Na volta do Parlamento, seus membros impuseram o
controle sobre as questões religiosas e tributárias da Inglaterra. Ao mesmo
tempo, instituiu uma lei onde o Parlamento se reuniria sem a convocação real e
tirava do rei o direito de possuir um exército permanente. Descontente, Carlos
I tentou mais uma vez dissolver o Parlamento – que buscou a formação de uma
milícia popular que garantiria a plena atuação política dos parlamentares.
2. Indique os principais grupos integrantes do exército parlamentar e
do exército real na guerra civil inglesa.
Os
cavaleiros, nobres favoráveis ao rei e os Cabeças redondas, soldados puritanos
financiados pela burguesia empreendedoras do sul e do leste.
3.
Qual o papel do ato de Navegação decretado por Cromwell para a
economia da Inglaterra?
O Ato
de Navegação consistia que todo produto comercial que fosse transportado a
países europeus via mar deveria ser feito o percurso por um navio pertencente a
Inglaterra ou dos país de origem do produto exportado. A razão por ser criada
essa lei foi principalmente a de eliminar a concorrência, o que fortalece o
comercio e a marinha inglesa.
4. A
dissolução do Parlamento por Cromwell, em 1653, foi um retrocesso no processo
revolucionário ou uma necessidade política para manter acesa a chama
revolucionária? Apresente argumentos a favor de cada uma das possibilidades.
A
República, na Inglaterra, esteve longe de ser democrática. Apoiado pelo
exército, Cromwell se impôs sobre o Conselho de Estado (poder Executivo) e o
Parlamento. Não atendeu as pretensões dos niveladores e os derrotou. Em 1653,
sob o título de Lorde Protetor, transformou-se em ditador vitalício e
hereditário. Sob a ditadura cromwelliana, as estruturas feudais ainda
existentes na Inglaterra foram eliminadas. As terras dos partidários do rei e
da Igreja anglicana foram confiscadas e vendidas aos produtores rurais.
Legalizou-se a propriedade absoluta da terra e o cercamento dos campos para
produzir para o mercado. O liberalismo econômico entrava em vigor na prática. Ao
mesmo tempo, Cromwell deu impulso ao desenvolvimento comercial e marítimo da
Inglaterra, manteve a conquista da Irlanda e da Escócia e ampliou o império
colonial inglês nas Américas, conquistando praticamente a hegemonia inglesa
sobre os oceanos.
5. Qual o
peso do fator religioso na política da Restauração Stuart?
Depois da morte de Cromwell, o
exército não aceitou o governo de seu filho Richard, facilmente manipulado
pelos políticos e destituído. O exército fragmentou-se com os generais lutando
por seus próprios interesses, provocando um clima de anarquia militar. Nesse
clima de incertezas, as seitas religiosas radicais mobilizaram-se novamente, o
que assustou as classes proprietárias. O novo Parlamento eleito, composto de
realistas e presbiterianos, estabeleceu contatos com os exilados da Família
Stuart e pensou em restabelecer a monarquia para resgatar o controle da
situação. Por outro lado, os parlamentares temiam que os Stuart voltassem ao
poder, recuperassem suas propriedades e perseguissem todos os revolucionários.
Carlos II, filho do rei executado, comprometeu-se a respeitar as propriedades
existentes, manter a tolerância religiosa e anistiar todos os revolucionários,
exceto os diretamente envolvidos na execução do rei. Com esse compromisso, a
monarquia foi restaurada.
6. O que
foi a Revolução Gloriosa?
Revolução
Gloriosa foi um evento, em grande parte não-violento, que teve lugar no Reino
Unido entre 1688 e 1689, no qual o rei Jaime II, da dinastia Stuart, católico,
foi removido do trono de Inglaterra, Escócia e País de Gales, sendo substituído
por sua filha protestante, Maria, e pelo genro, o nobre neerlandês Guilherme de
Orange. Suas principais consequências foram o fim do absolutismo monárquico
britânico, o aumento do poder do parlamento, a estabilidade política e
econômica e surgimento das condições necessárias para que, mais tarde,
ocorresse a Revolução Industrial.